8 de junho de 2015

Execução no DF: justiça aceita denúncia do MP contra mulher de coronel do Exército

Ela e a irmã são suspeitas de planejarem a morte do militar e estão presas.
Execução ocorreu em 15 de maio na área rural de São Sebastião.

O tenente-coronel do Exército e a mulher dele Cristiana Cerqueira (Foto: TV Globo/Reprodução)
O tenente-coronel do Exército e a mulher dele
Cristiana Cerqueira 
(Foto: TV Globo/Reprodução)
Do G1 DF
A Justiça do Distrito Federal aceitou nesta sexta-feira (5) denúncia do Ministério Público contra a professora Cristiana Cerqueira, suspeita de, junto com a irmã, planejar a morte do marido dela, o coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira. Segundo o Tribunal de Justiça, a juíza da Vara Criminal e Tribunal do Júri de São Sebastião "aderiu ao entendimento" do MP de que ambas devem responder a ação penal pelo crime.
De acordo com a denúncia do MP, Cristiana e a irmã foram as mandantes do homicídio e contrataram quatro pessoas para matarem o coronel. O tenente foi morto no dia 15 de maio na área rural de São Sebastião. A mulher negou o crime em depoimento, e a defesa diz que ela sofre de esquizofrenia.
Os suspeitos apontados como executores do crime vão responder por homicídio mediante promessa de recompensa e subtração de bens da vítima. Os seis envolvidos permanecem presos preventivamente.



Crime
As investigações da corporação apontam que Cristiana Cerqueira pagou R$ 15 mil ao filho da ex-empregada da irmã para executar o marido e assim receber a quantia e pensão por viuvez, de R$ 10 mil. Além disso, herdaria R$ 300 mil de um fundo ao qual o militar era vinculado. O casal estava em processo de separação.
De acordo com o delegado-chefe da Divisão de Comunicação, Paulo Henrique Almeida, a polícia confirmou que arma usada na execução era do próprio militar. O revólver foi um presente da família da mulher, em 2004. As suspeitas da corporação surgiram depois de observar as características do revólver.
A arma, que tem calibre 38, é da marca Colt, que é comumente comprada por colecionadores. Além disso, o item estava bem cuidado. "A numeração da arma estava raspada", explica Almeida. "Estamos aguardando levantamento do Exército para saber quais armas ele tinha e se essa estaria na lista."
De acordo com o delegado Leandro Ritt, a irmã da professora combinou com o filho da ex-empregada, que cooptou outras três pessoas suspeitas de envolvimento no crime. A mulher teria saído com o filho da ex-empregada no dia anterior, entregado a arma e mostrado o local onde o militar deveria ser abordado. O revólver só foi localizado na madrugada de domingo. Em depoimento, um dos suspeitos disse que pretendia escondê-lo até receber todo o pagamento pela morte, que seria parcelado.
A cunhada do coronel, Cláudia Maria Pereira Osório, e as quatro pessoas que teriam executado o assassinato – Leandro Ceciliano Martins, Rodrigo Costa Sales da Paixão, Jorge Alencar da Silva e Lorena Karen Custódio Santana – também foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado.
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Entenda o caso
A hipótese inicial da polícia era de sequestro seguido de homicídio. O coronel e a mulher dele foram abordados na noite de sexta por quatro pessoas quando chegavam de carro a um prédio da 208 Norte. A mulher foi deixada no local, mas os criminosos mantiveram o coronel refém dentro do automóvel.
A equipe da PM achou o carro da vítima ao lado de uma casa, onde havia uma festa. Os policias esperaram a dupla deixar a comemoração para deter os suspeitos. Um adolescente de 17 anos e um adulto suspeitos de envolvimento no crime foram detidos pouco depois. Eles foram autuados por receptação.
G1/montedo.com

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